KAREN DALTON, It Hurts Me Too
Teu cheiro amarfanho durante toda a cidade
e nos dentes postos sobre a mesa
como um escapulário tua lascívia eu pressinto.
Nem a lua nem teus olhos certamente me salvarão deste teu cheiro espesso.
Eu cresci nestas estranhas paragens sem estrelas entre bichos e flores
como se não fossem cobertos pela escuridão.
Apenas arfava um golpe entre o vazio de mim
e a captura de insetos do inferno em teus cabelos.
Em inquietude, me preparo para a dor.
Nelson Magalhães Filho
e nos dentes postos sobre a mesa
como um escapulário tua lascívia eu pressinto.
Nem a lua nem teus olhos certamente me salvarão deste teu cheiro espesso.
Eu cresci nestas estranhas paragens sem estrelas entre bichos e flores
como se não fossem cobertos pela escuridão.
Apenas arfava um golpe entre o vazio de mim
e a captura de insetos do inferno em teus cabelos.
Em inquietude, me preparo para a dor.
Nelson Magalhães Filho

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos
do mundo."
( Fernando Pessoa: Tabacaria)
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos
do mundo."
( Fernando Pessoa: Tabacaria)
Realizar trabalhos de arte a base das experiências existenciais, como transpor as imensidões dolorosas das noites urinadas. Fingir figuras concebidas do desejo e da amargura. Instigações obscurecidas pela lua. Não acretido na pintura agradável. Há algum tempo meu trabalho é como um lugar em que não se pode viver. Uma pintura inóspita e ao mesmo tempo infectada de frinchas para deixar passar as forças e os ratos. Cada vez mais ermo, vou minando a mesma terra carregada de rastros e indícios ásperos dentro de mim, para que as imagens sejam vislumbradas não apenas como um invólucro remoto de tristezas, mas também como excrementos de nosso tempo. Voltar a ser criança ou para um hospital psiquiátrico, tanto faz se meu estômago dói. Ainda não matem os porcos. A pintura precisa estar escarpada no ponto mais afastado desse curral sinistro.
Nelson Magalhães Filho
Nelson Magalhães Filho
terça-feira, julho 29, 2008
segunda-feira, julho 28, 2008
sexta-feira, julho 25, 2008
quarta-feira, julho 23, 2008
SHOW DE TON FLORES (e amigos)
Ton Flores e Carlô
LOCAL: TEATRO SESI (Rio Vermelho)
DIA: 24/07/08 (quinta-feira)
HORÁRIO: 21H
Exposição de artistas baianos continua aberta ao público no Museu da Uefs
Até 25 de julho, o público feirense pode apreciar obras de importantes artistas baianos que compõem a exposição Grandes Artistas em Pequenos Formatos, no Museu Regional de Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana. O Museu integra o Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), localizado na rua Conselheiro Franco, 66, Centro, Feira de Santana, BA.
A exposição, que marca os 32 anos da Uefs, comemorados em 31 de maio, reúne nomes expressivos das artes plásticas da Bahia, a exemplo de Juarez Paraiso, Cesar Romero, Juraci Dórea, Adelson do Prado, Rosalice Azevedo, Graça Ramos, Nelon Magalhães Filho, Bel Borba, Gil Mário Menezes, Almandrade, Reinaldo Eckenberger, Leonel Mattos, José Arcanjo, dentre muitos outros.

A exposição, que marca os 32 anos da Uefs, comemorados em 31 de maio, reúne nomes expressivos das artes plásticas da Bahia, a exemplo de Juarez Paraiso, Cesar Romero, Juraci Dórea, Adelson do Prado, Rosalice Azevedo, Graça Ramos, Nelon Magalhães Filho, Bel Borba, Gil Mário Menezes, Almandrade, Reinaldo Eckenberger, Leonel Mattos, José Arcanjo, dentre muitos outros.
terça-feira, julho 22, 2008
Associação Espanhola ganha obras de arte baianas
Trinta e três obras de 17 artistas plásticos baianos foram doadas à Associação de Afetados de Pólio e Síndrome de Pós-pólio da Castilla e Leon, após exposição realizada em junho na cidade de Segóvia, Espanha. A mostra, intitulada “A cidade e o homem”, tem caráter itinerante e vai visitar ainda as cidades de Barcelona, Málaga e Valladolid, com o propósito de chamar a atenção para a causa defendida pela entidade. O convite aos baianos foi feito à professora Margarita Lamego, do Instituto de Ciências da Saúde (ICS), que pediu a colaboração de Graça Ramos, docente da Escola de Belas Artes (EBA), para a seleção dos expositores, entre estudantes da graduação e da pós, além de artistas plásticos formados pela EBA.
http://www.portal.ufba.br/ufbaempauta/2008/07julho/quinta10/doacoes
Detalhes da exposição podem ser visto no Youtube
http://www.youtube.com/watch?v=JD-hnIzlb2k.

http://www.portal.ufba.br/ufbaempauta/2008/07julho/quinta10/doacoes
Detalhes da exposição podem ser visto no Youtube
http://www.youtube.com/watch?v=JD-hnIzlb2k.
segunda-feira, julho 21, 2008

vai embora com os ratos.
consulta oráculos, iniciação de pântano
pela tua saliva,
infiltra segredos de séculos na carne
até aves de rapina definhem
tuas asas pardacentas
cubram a mágoa e os sinais.
teu destino,
sangue e outras luas.
tua vida, dois acasos no tempo
vestígios de um ventre espesso.
Nelson Magalhães Filho

domingo, julho 20, 2008
quinta-feira, julho 17, 2008
nesta sexta dia 18 às 18h
EXPOSIÇÃO OUVIR
Artistas:
Prissilla Laiz
Lorena Silva
Ed Carlos
Diego Cardoso
Karomila Silva
Ivaldo Sanfer
Jaci Mattos
Nelson Magalhães F.
Ledna Barbeitos
Anderson Marinho
Cenildo Silva
Luiz Aguilar
Bené Santana
Graça Ramos
Gilvan Oliveira
Exposição do Mestrado e da Graduação
Org. Prof. Dra. Graça Ramos
Abertura: sexta-feira dia 18 de julho às 18h
Visitação: de segunda a sexta das 8 às 18h
e sábado das 8 às 12h
Até 18 de agosto
Local: AUDICENTRO
(Em frente a Escola de Belas Artes)
segunda-feira, julho 14, 2008
Vamos continuar a tecedura, meu amor
vomitando sangue todas as manhãs
embora as noites carnívoras
pereçam sempre graves
nos cruciais arroubamentos
das gralhas de azeviche
consumindo nossa quietude sem cessar
entorpecendo de esquivas lembranças
o logro do resplendor
dos santos dilacerados.
Cheio de sândalo,
nosso amor predador sorvendo
uma maré vermelha escarlate.
Nelson Magalhães Filho
meu amigo tony lopes, baterista dos koyotes, fã do velho buk safado
CLICA AQUI:
http://fotolog.terra.com.br/saorock:99
http://www.fotolog.com/stonychinasky

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sexta-feira, julho 11, 2008
segunda-feira, julho 07, 2008

embalsamento de luzes congeladas
sem piedade trazem revelações terríveis onde
devoro cabeça de porco deslumbrado pelos tufões
sobre nossa memória alheada,
onde meus amigos me chamam de canalha
em especulações sombrias sobre um festim instintivo,
mas fico imune quando bebo sangue de porco obsceno
sacaneando com os assassinos.
Nelson Magalhães Filho
sexta-feira, julho 04, 2008
quinta-feira, julho 03, 2008
VERSOS CAINDO SOBRE NÓS
O corpo está tomado de véus
que são cortes profundos na pele
e são taças de um desastre
no bosque de teus sonhos:
o corpo folheado com seus recortes de gozo
e estamparias laminadas que são rabiscos
na pedra esboçada em teu ventre
e pentelhos de fogo como árvores que se exibem
ante um derrame de vozes:
o corpo onde estavas quando a noite
entoava ventanias e um olho a descoberto
engolia toda a paisagem imaginada:
o corpo em ruínas que se estreitam
a recompor vertigens que são nomes inscritos
em aves rochosas que se chamam coxas
e um tropel de vultos ao passar de páginas de teu corpo:
por noites te chamo mascando nomes
como um dilema febril a confundir imagens
como credenciais a evocar rasgos
que anunciam a tormenta da restauração:
o corpo se refazendo a cada anúncio do fim.
poema e imagens: floriano martins
floriano.agulha@gmail.com

que são cortes profundos na pele
e são taças de um desastre
no bosque de teus sonhos:
o corpo folheado com seus recortes de gozo
e estamparias laminadas que são rabiscos
na pedra esboçada em teu ventre
e pentelhos de fogo como árvores que se exibem
ante um derrame de vozes:
o corpo onde estavas quando a noite
entoava ventanias e um olho a descoberto
engolia toda a paisagem imaginada:
o corpo em ruínas que se estreitam
a recompor vertigens que são nomes inscritos
em aves rochosas que se chamam coxas
e um tropel de vultos ao passar de páginas de teu corpo:
por noites te chamo mascando nomes
como um dilema febril a confundir imagens
como credenciais a evocar rasgos
que anunciam a tormenta da restauração:
o corpo se refazendo a cada anúncio do fim.
poema e imagens: floriano martins
floriano.agulha@gmail.com
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