VERSOS CAINDO SOBRE NÓS
O corpo está tomado de véus
que são cortes profundos na pele
e são taças de um desastre
no bosque de teus sonhos:
o corpo folheado com seus recortes de gozo
e estamparias laminadas que são rabiscos
na pedra esboçada em teu ventre
e pentelhos de fogo como árvores que se exibem
ante um derrame de vozes:
o corpo onde estavas quando a noite
entoava ventanias e um olho a descoberto
engolia toda a paisagem imaginada:
o corpo em ruínas que se estreitam
a recompor vertigens que são nomes inscritos
em aves rochosas que se chamam coxas
e um tropel de vultos ao passar de páginas de teu corpo:
por noites te chamo mascando nomes
como um dilema febril a confundir imagens
como credenciais a evocar rasgos
que anunciam a tormenta da restauração:
o corpo se refazendo a cada anúncio do fim.
poema e imagens: floriano martins
floriano.agulha@gmail.com
Arnaldo de Pinho, 80 anos: Hermenêutica e Teologia em Portugal
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Reúnem-se aqui os textos apresentados no Colóquio “A Obra e o Pensamento de
Arnaldo de Pinho”*, *organizado pela Faculdade de Teologia da Universidade ...
Há um dia
Um comentário:
Olá Nelson, que bom que você conheceu o Fábio. Ele é meu amigo do coração.
Abraços,
Fernanda
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