Nelson Magalhães Filho. ANJOS SOBRE O RECÔNCAVO 2008, acrílica s/tela, 80X70 cm
não sei se fui sempre corrompido
para ter afeição pelos teus olhos enluarados
pelos teus velhos poemas que falavam de felídeos
que se agasalhavam em flores noturnamente,
flores que eu sempre plasmava na esperança minguante
de ver um anjo triste me acenar com suas mãos pardas,
não sei se fui contagiado para caminhar
pelos ermos jardins
sob um canto lisonjeiro de pequenas aves astutas
que não dormitavam nem com o clamor
das estrelas pretas
perdidas entre nuvens sombrosas,
não sei do trem que corre à noite sempre te levando
para aquele tempo inculto em que eu nunca poderei estar...
Nelson Magalhães Filho
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Há um dia
9 comentários:
Belo poema, Magalhães! Eu lí estas palavras ao som de Djavan cantando "Mãe" de Caetano e ao sabor de uma gelosa Antártica vinda do bar de Crispim. Abraço!
teu blog tb é interessante! parabens!
Buenas, sinceramente: uma cobardia, um deleite, maravilha,de uma leveza extremamente profunda, diferente dos antigos, abração.
Eu não sei de NADA, só sei que adoro vir aqui...
Nelson:
às vezes seu blogue demora pra caralho para abrir e hj foi a caixa de comentários. E eu que adoro vir aqui e sentir o medo que suas poesias me provocam!
Nelson,
li teu poema umas cinco vezes...
reli, pensei.
me causou alguns questionamentos. O que pra mim é primordial.
Senão esse, qual a função da arte, né mesmo?
:D
Beijos!
Boa Nelson,
responda ao meu e-mail...para poder continuar no Discharge 4.
Abraço.
A arte serve para questionar mesmo. Que bom!
di'arrombar o poema. fiquei lendo e olhando pra a imagem com o rabo do olho.
¡adiós!
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