Teu cheiro amarfanho durante toda a cidade
e nos dentes postos sobre a mesa
como um escapulário tua lascívia eu pressinto.
Nem a lua nem teus olhos certamente me salvarão deste teu cheiro espesso.
Eu cresci nestas estranhas paragens sem estrelas entre bichos e flores
como se não fossem cobertos pela escuridão.
Apenas arfava um golpe entre o vazio de mim
e a captura de insetos do inferno em teus cabelos.
Em inquietude, me preparo para a dor.

Nelson Magalhães Filho


"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos

do mundo."
( Fernando Pessoa: Tabacaria)




Realizar trabalhos de arte a base das experiências existenciais, como transpor as imensidões dolorosas das noites urinadas. Fingir figuras concebidas do desejo e da amargura. Instigações obscurecidas pela lua. Não acretido na pintura agradável. Há algum tempo meu trabalho é como um lugar em que não se pode viver. Uma pintura inóspita e ao mesmo tempo infectada de frinchas para deixar passar as forças e os ratos. Cada vez mais ermo, vou minando a mesma terra carregada de rastros e indícios ásperos dentro de mim, para que as imagens sejam vislumbradas não apenas como um invólucro remoto de tristezas, mas também como excrementos de nosso tempo. Voltar a ser criança ou para um hospital psiquiátrico, tanto faz se meu estômago dói. Ainda não matem os porcos. A pintura precisa estar escarpada no ponto mais afastado desse curral sinistro.
Nelson Magalhães Filho

sexta-feira, dezembro 27, 2013



Projeto.Z from Adriano Oliveira on Vimeo.

O "Projeto Z" é uma criação coletiva realizada no curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). É um exercício prático de produção de efeitos especiais na forma de episódio piloto para a websérie "Z", cuja produção completa dependerá somente da repercussão deste primeiro ensaio.
A temática zumbi foi escolhida por permitir a mistura de técnicas práticas e digitais na produção de efeitos. Conseguimos associar, por exemplo, maquiagem tradicional com manipulação de imagem por computador para atingir um resultado que não deixa a desejar em nada a produções comerciais. Isso sem mencionar o criterioso trabalho de produção de efeitos sonoros e de trilha original.
O "Projeto.Z" é um exemplo da capacidade de realização dos alunos do curso de Cinema e Audiovisual da UFRB, potencializada pelas excepcionais condições oferecidas pelos equipamentos e laboratórios do nosso centro em Cachoeira-Bahia. Fora desse contexto privilegiado, seria impossível produzir este curta a custo quase zero.
Os 8 minutos deste episódio são o resultado de um semestre inteiro da disciplina Novas Tecnologias Aplicadas ao Cinema e ao Audiovisual, em 2013. São a decantação de mais de 30 horas de filmagens totalmente realizadas na cidade histórica de Cacheira, a 110 km de Salvador, no singular Recôncavo Baiano. Entre alunos, professores, técnicos e a participação especial da comunidade local, foram quase 100 pessoas envolvidas, compartilhando a alegria de fazer cinema.
Junte-se ao nosso projeto comentando, compartilhando e dando sugestões.
Queremos mais!
CRÉDITOS:
elenco por ordem de aparição:
Léo Conceição
Adriano Oliveira 
Aída Vitória
Ohana Almeida
Laís Lima
Tiago Araújo
Tau Tourinho
Gabriel Oliveira
roteiro e direção:
Adriano Oliveira
diretor assistente:
Emerson Santos
direção musical:
Guilherme Maia
música original:
Claudio Manoel Duarte
Guilherme Maia
guitarra:
Victor Jesus
montagem e pós-produção:
Adriano Oliveira
fotografia:
Cássius Borges
Maíra Conde
Guilherme Bronzatto
assistente de fotografia:
Léo Conceição
direção de arte:
Daniela Fernandes
pintura em acrílico sobre tela (abertura):
Nelson Magalhães
iluminação:
Maíra Conde
Italo Santos
som direto:
Mateus Ribeiro
Luís Otávio
direção de produção:
Clarissa Brandão
produção:
Ary Rosa
Daniela Fernandes
Mateus Ribeiro
assistente de produção:
Lucas Santana
produção de set:
Lucas Pereira
Vitor Alecrim
produção de atores:
Ary Rosa
conceito de maquiagem:
Fefa Yanevisk
maquiagem:
Fefa Yanevisk
Nelson Magalhães
assistente de maquiagem:
Thamires Santos
Ulisses Arthur
Tau Tourinho
efeitos visuais:
Raquel Souza
Jefferson Parreira
Italo Santos
still:
Larissa Andrade
Guilherme Bronzatto
registro de bastidores:
Karol Kanarol
Tau Tourinho

zumbis:
Ary Rosa
Cássio Duarte
Ellen Mascarenhas
Gabriela Palha
Glenda Nicácio 
Henrique Roza
Heraclides Correia
Italo Santos
Jairo Alves
João Bernardo 
Jorge Chuín
Lucas Pereira
Marcio Junqueira 
Mbéni Waré
Neza Moura
Paulo Ricardo Reis
Pedro Pimentel
Raí Gandra
Sergio Matos
Tiago Araújo
Wendell Coelho 
Wesley Pro

agradecimentos:
Fundação Hansen Bahia
Jomar Lima
Estúdio Espinheira
Lucas Santana
Tiago Araújo
Wesley Pro
Wendell Coelho
Ana Maria Brandão
Virgilio Santos
Thamires Vieira
Thaís Calixto
Samir Suzart
Ismael Dal Zot
Sergio Matos
Wesley Salviano
Seguranças da Fundação Hansen Bahia

segunda-feira, dezembro 02, 2013



Nelson Magalhães Filho: o Blake de Cruz das Almas
 Poemas selvagens: sem títulos, bulas ou domesticações. Como se, de repente, fossem as barbas do velho Whitman. Selvagens. Poemas que ecoam em outras (h)eras, outros vincos. Desdobram-se desordenados. Ou ordenam-se em camadas feito listras de felinos. E se você dormir, pimba! Eis que lhe tomam num trago. Então, desarme-se. O universo de Nelson é sem estrelas. Uma lua paira e ilumina os corpos sombrios, lânguidos e bêbados de quem satisfez o desejo. Fosse nos anos 80 e, bem ao estilo Caio F., um de seus autores prediletos, apelidariam-no dark. Ou, quem sabe, black(e). Não pelo lado escuro da Força, esclareça-se. Mais sinuosamente, eu diria. Nas sombras, escondem-se segredos, fachos de luz. O poeta tinge a palavra com sua visão/percepção de mundo. E tanto revela quanto nubla nosso olhar. É que traça linhas vindas do subconsciente. Ele, generoso, permite que a emoção suba e, tal qual um anjo, vagueie em seu voo torto, indeciso entre o céu e o inferno. Nelson é pintor, blogueiro (anjobaldio.blogspot.com) e poeta. Vem de Cruz das Almas para estabelecer sua mitologia romântica em versos brancos. É, de certo modo, nosso Blake baiano. E, se o bardo inglês fez de seu tigre a imagem de um Cristo revolto, a representação aqui será outra (“os tigres chegaram / os cascos descendo pelo peito”). Tigre, cachorro, cavalo e anjo são figuras poéticas que se metamorfoseiam constantemente para exprimir uma rebeldia nada redentora. Buscam, tal como na literatura de seu par, o instinto primário. Mas não acreditam na inocência. São céticos e conferem à Arte, por meio das inúmeras citações e intertextualidade, seu uivo de protesto. As referências são múltiplas. Sobretudo cinema, literatura, música e artes plásticas. Porém, atente, não quaisquer referências. Nelson gosta das mais baldias. Rebeldes, você me corrige. Então, junte-se Jim Jarmush com Morrisson, Radiohead com Blake, Wim Wenders com Jorge de Lima, Tom Waits com Dylan Thomas, Francis Bacon com Lou Reed, Piva com Basquiat, Nick Cave com Fassbinder... E perceba que nada é gratuito. Nem mesmo o amor. Em seu discurso de cachorro rabugento morto em noite chuvosa. Por que é isso que Nelson mais canta: o Amor. Ao redor, poucos lenitivos (“só o amor é mais amargo que seus olhos”). O perfume e o sexo embriagam. O cão não late mais, porém, seguindo a lição do mestre Leonard Cohen, permanece “deixando marcas de um amor sem cura”. O manto frio e negro nos encobre (“evoco as veias silentes / nesta noite em que encontro a morte”). O cachorro não dança (“sou de uma raça de cachorro ruim”). Está morto, mas cobra, aos notívagos, lágrimas doces. Um poema. Uma prece. Pois todos sabemos que mais dia menos dia os tigres chegarão. E não terá volta.
 Lima Trindade
Mestre em Literatura pela UFBA, escritor e editor da Verbo21
http://www.verbo21.com.br/v3/




Alguns poetas não necessitam de álibi. Ou de se desculpar por escolherem um caminho menos sacal, numa espécie de mea culpa sem jeito quando confrontados com o que por aí chamam de contemporaneidade. Existem poetas que nascem de uma estirpe rara. Dos que insistem em fazer sua literatura sem meneios de cabeça, sem vacilos, sem sentir medo da incompreensão — como se ser compreendido fosse simplesmente conceder, entregar os pontos. Nelson Magalhães Filho vem dessa linhagem. Nobre, irascível, nem um pouco acanhada.
Numa época em que ser poeta é em si um ato de liberdade e coragem, já que os leitores, o "mercado", os editores e talvez uma meia dúzia de colunistas de merda aparentemente concluíram que a poesia está agonizando — enquanto uma platéia de cegos e surdos pede mais barulho, concisão, novidades estilísticas para que ninguém, no fim das contas, entenda picas e permaneça a se enfadar das novidades por eles mesmos desejadas —, surgem novos escritores que pouco se lixam para tais previsões.  Nelson vem dessa linhagem rara. Ao lado de outros nomes poucos conhecidos do grande público, contemporâneos de Nelson, como Sandro Ornellas, Ediney Santana, Lupeu Lacerda e Kátia Borges, só para citar alguns que admiro.
Cachorro rabugento morto em noite chuvosa (Edições MAC, 2010, 69 páginas) em suas poucas páginas é um livro que mostra um tipo de poesia vigorosa e exuberante. Calcada na nobre tradição dos grandes autores que marcaram, com justiça e sinceridade, a escrita poética. Nomes que não se aquietaram na certeza das fórmulas prontas, dos salões literários, que muitas vezes pagaram um alto preço por conta de suas escolhas, mas que escreveram com absurda coragem e com domínio sobre essa coisa chamada vida e sensibilidade, além de dominar o que muitos por aí chamam de técnica — pois agora sei que a escrita não prescinde da técnica no fim das contas, ainda que o autor negue e que seja algo inconsciente; algo como um fio condutor que permeia a obra do artista, uma fórmula que não serve para repetir e cansar o leitor, mas como afirmação de um estilo, de uma busca.
Nelson não teme o exagero. E não o utiliza somente como recurso literário, mas sim como inspiração. Parece não se incomodar em usar o texto longo e palavras que estão em desuso não por falta de mérito, mas pela insistente novidade que um certo e exagerado minimalismo espalha e que surge com a desculpa de que temos pressa, de que tudo é fragmentário, de que textos longos e carregados de fúria não interessam mais — e tudo parece cair numa espécie de repetitivo haicai, num concretismo meia-boca, numa poesia temerosa que se disfarça de inteligente.
Quando Nelson, que além de escritor é artista plástico e produtor de vídeos que podem ser assistidos em seu blogue [ anjobaldio.blogspot.com ], escreve "...embriagado pelo natal com uma grinalda /  de folhas penduradas numa orelha. /  a estridência da música / de nick cave me consome / em saudades devastadoras. / Suscitar sonhos de nuvens luminosas-fragores, / pássaro-noturno transcender / drásticas marés..." ("Vou andar de bicicleta pela tarde", p. 34), não é com a mesma pegada de um poeta que admira o passado e nele se refugia como forma de não correr riscos. Ele dispensa o recurso dos que, mais uma vez por falta de coragem, buscam um tempo em que tudo parecia mais romântico, mais pungente e visceral. Apesar de dominar a escrita e o uso de palavras incomuns, o que Magalhães propõe é uma poesia que possua a mesma força dos malditos clássicos, mas que dialogue com o presente que também pode ser inspirador — na medida em que temos Nick Cave, Win Wenders, Radiohead, Jim Jarmush que, como bem frisa Lima Trindade no prefácio, pode muito bem dialogar com Rimbaud, Blake, Morrison e Dylan Thomas.     
"vivo pastando no mar negro como peixe-boi / estrela do mar negro percorro temporais selvagens / e cada vez mais me perco pela afável noite de ontem / o oco de mim vai vomitando / um sentimento nostálgico de perdas / espelhos de mortos com seus ossos de medo" (p. 16).
Nos seus poemas, vemos um autor que exige de si e do leitor muito mais que uma leitura distraída. Nelson Magalhães Filho, talvez por ser um artista com muitas possibilidades — o visual em seus textos deve ter alguma relação com seus quadros e com os vídeos —, brinda o leitor com um livro que parece pequeno. Mas que possui a força necessária para ser uma obra ímpar.
 junho, 2011
 Gustavo Rios é autor do livro de contos O amor é uma coisa feia (7Letras, 2007) e integra a antologia de contos Tempo Bom (Iluminuras, 2010).




Cachorro Rabugento Morto em Noite Chuvosa
Kátia Borges
PDF

Sáb, 30 de Abril de 2011 10:11
Tom Waits canta Downtown Train enquanto leio Nelson Magalhães Filho. A arquitetura de seus versos é a dos sonhos. Cada leitor lhes empresta sua lógica. Não há segurança, mesmo quando se parece pisar território firme. De repente, numa frase, prédios semânticos inteiros desabam, "neste tempo perdido no mar negro", e mitos podem sustentar com apenas um dedo gigantescas estruturas.
"Arrastados passos nesta rua oscilam/como uma flor que reluzente chove: a cidade incendiada". Neste cenário diverso, Salvador parece ainda mais antiga, velho fantasma, com suas ruas largas, concreto sobre a epiderme de província, horizonte que se abre para todo e nenhum lugar. Estamos, isto sim, ainda enclausurados, embora libertos. "Esta é a cidade-sombras/ tão nauseante quanto os ventos escuros".
Sim, a cidade-sombras, que se ergue feito onda, gigantesca em sua força. A capital, corpo em cujas artérias circula a matéria viva do poema que vai "pelos becos escuros da Gamboa/vadiando pelas ruas estreitas/esculpidas de perturbados da Gamboa". Há algo de pop, de mítico, de rito neste "Cachorro Rabugento Morto em Noite Chuvosa". Há algo irresistivelmente lírico neste reino, que é Cruz das Almas, Salvador, Dinamarca.
Sim, há algo de príncipe neste Blake, como o chama Lima Trindade. Há algo de black nestes versos brancos. Há algo de corajoso neste lirismo, que faz paisagens assomarem, assombrarem, desenharem-se, inusitado e claro e escuro, "dentes postos sobre a mesa como um escapulário". Há um sonho dentro do outro enquanto o bardo oscila entre o compromisso com o sentido e a desmedida. "passeiam cães devotos das hortênsias/navegação à volta de tua nudez desesperada".
Não é verso medido, imitação barata de Sosígenes, cromatismo fake, crítica sem autocrítica, lirismo sem caráter ou erudição de almanaque. Nelson é poesia que transborda, esparrama, selvagem, cães, tigres, dentes e garras no cotidiano. Mas confesso que não pensei em Blake quando li pela primeira vez os versos de Nelson Magalhães Filho. Pensei em Roberto Piva (morto em julho do no passado) e no impacto que o seu Piazzas teve sobre mim, com aquele fluxo poético surreal e beat, que parecia retalhar a cidade de São Paulo com sua navalha afiada, palavras.
Mas Nelson não é Piva, nem o imita, embora os mova a mesma noção de que vida e vocação são indissociáveis (o poeta paulistano dizia só acreditar em poeta experimental com vida experimental). Nelson tem suas próprias marcas bastante pessoais e originais e com elas traça um imaginário traço, laço, que envolve poesia, artes visuais e existência. Seus versos esnobam a ilusão maniqueísta e dão a cara a tapa. Seus poemas são como quadros, fragamentos de imagens incendiadas. Riffs de guitarra neste universo lírico de pianinho elétrico, programado eletronicamente graças às indicações lidas em algum manual. "Flores putas eclodem a concha do tempo áspero em que os peixes e os insetos exaurindo larvas, me beijavam até sugar-me o fogo de pedra".
Livrinho pequeno, pouco divulgado, quase artesanal, embora leve o selo da Edições MAC, editora do Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira, de Feira de Santana, e distribua sua força entre versos com as iustrações de Devarnier Hembradoom. Nunca nos vimos pessoalmente, nunca nos falamos, nunca me deu livros ou CDs com poemas gravados, não o conheço, mas são tantos os pontos de identificação entre nós que o sinto bem próximo. Talvez ali, onde Lou Reed canta Walk On The Wild Side, ou onde Jim Morrison faz sua dança da chuva (tempestade, temporal, ritual) em Light My Fire.
_________
Kátia Borges é escritora e jornalista. Publicou três livros de poemas: De volta à caixa de abelhas (2002), Uma balada para Janis (2009) e Ticket Zen (2010).

quinta-feira, novembro 07, 2013


Olá 
Gostaria de convidar a todos para assistir ao meu drama-oração com artes cênicas e yoga KALI, SENHORA DA DANÇA sobre o mito da deusa negra hindu.
Estaremos em cartaz todo mês de novembro, no Teatro Gamboa Nova, às sextas e sábados, 20h. 
Se puderem divulgar em suas listas, agradeço.
Abraços, 
Adelice Souza

quinta-feira, outubro 31, 2013

segunda-feira, outubro 28, 2013

segunda-feira, setembro 02, 2013

sexta-feira, agosto 30, 2013

terça-feira, agosto 20, 2013

IV CACHOEIRA DOC

PROGRAMAÇÃO

Dia 03 de setembro (terça-feira)
Cine Teatro Cachoeirano
19h - Abertura
Mostra Áfricas  A Vida sobre a Terra / Vie sur terre (Mali/Mauritânia/França, 1998, 62min.), de Abderrahmane Sissako
Apresentação Musical de Mateus Aleluia

Dia 04 de setembro (quarta-feira)
Cine Teatro Cachoeirano
10h - Mostra Áfricas
E não havia mais neve…/Et la neige n’était plus…
 (França/ Senegal, 1965, 22min.), de Ababacar Samb Makharam
Férias em casa/ Vacance au pays (Camarões/ França /Alemanha, 2000, 75 min.),  de Jean-Marie Teno
14h - Sessão especial – Première - O Mestre e o Divino (Pernambuco, 2013, 83min.), de Tiago Campos, com a presença do diretor
16h30 - Mostra Competitiva – Programa 01
Pele de Branco
 (Mato Grosso, 2012, 25min.), de Takumã Kuikuro, Marrayury Kuikuro, com a presença de um dos diretores
Em busca de um lugar comum
 (Rio de Janeiro, 2012, 80min.), de Felippe Schultz Mussel, com a presença do diretor
19h30 - Mostra Áfricas
Edouard Glissant: um mundo em relação/Edouard Glissant: One World in Relation (Estados Unidos da América, 2010, 52 min.),  de Manthia Diawara, com a presença do diretor
Em busca da África/ In Search of Africa (Estados Unidos da América, 1997, 26 min.), de Manthia Diawara com a presença do diretor
21h - Quarta dos Tambores e Mostra de Videoclipes

Dia 05 de setembro (quinta-feira)
Cine Teatro Cachoeirano
9h - Conferência O real e a mise en scène, com Cesar Guimarães
11h – Conferência com Manthia Diawara
14h- Sessão Especial - Batalha do Passinho (Rio de Janeiro, 2012, 75min.), de Emílio Domingos, com a presença do diretor
16h30 - Mostra Competitiva – Programa 02
A Cidade
 (Rio Grande do Sul, 2012, 25 min.), de Liliana Sulzbach, com a presença da diretora
Carga Viva (Minhas Gerais, 2013, 18 min.), de Débora de Oliveira, com a presença da diretora
Sanã
 (Minas Gerais, 2013, 18min.), de Marcos Pimentel, com a presença do diretor de som
Maria vai c’as vaca (Bahia, 2013, 07 min.), de Luara De, com a presença da diretora
Luna e Cinara
 (Rio de Janeiro, 2012, 14min.), de Clara Linhart, com a presença da diretora
19h30- Mostra Competitiva – Programa 03
Mauro em Caiena
 (Ceará, 2012, 18 min.), de Leonardo Mouramateus,com a presença do diretor
Mataram meu irmão (São Paulo, 2013, 77min.), de Cristiano Burlan, com a presença do diretor
22h – Apresentação do Coletivo Xaréu 

Dia 06 de setembro (sexta-feira)
Cine Teatro Cachoeirano

10h – Mostra Áfricas
Si-Gueriki, a rainha mãe / Si-Gueriki, la reine mère
 (Alemanha/Benin/França,  2002, 62min.), de Idrissou Mora Kpai
14h - Mostra Recôncavo
Diálogos com o sagrado (Bahia,2012, 40 min.), de Ângela Figueiredo e Fabrício Jabar, com a presença dos diretores
Flor do Barro (Bahia, 2013, 8 min.), de Vonaldo Mota e Luciana Sacramento, com a presença dos diretores
Para se contar uma história (bahia, 2013, 28 min.), de Elen Linth, Diego Jesus e Leandro Rodrigues, com a presença dos diretores
Samba de Roda (Bahia, 2013, 7 min.), de Diego Jesus, Elen Linth, Leandro Rodrigues, Lucicleide Cruz (Neguinha), Jefferson Parreira e Robson Moreira, com a presença dos diretores
16h30 - Mostra Competitiva – Programa 04
Sobre o Abismo (Minas Gerais, 2012, 30min.), de André Brasil
Matéria de composição (Minas Gerais, 2013, 82 min.), de Pedro Aspahan, com a presença do diretor
19h30  Mostra Competitiva – Programa 05
Os dias com ele (São Paulo, 2013, 107 min.), de Maria Clara Escobar, com a presença da diretora
22h – Samba de roda na praça

Dia 07 de setembro (sábado)
Cine Teatro Cachoeirano
10h - Mostra Clássicos do Real: Homenagem a Alexandre Robatto
Entre mar e tendal (Bahia, 1952/53, 22 min.), de Alexandre Robatto
Igreja
 (Bahia, 1960, 8 min.), de Silvio Robatto. fotografia e montagem: Alexandre Robatto
O regresso de Marta Rocha
 (Bahia, 1955, 9 min.), de Alexandre Robatto
Vadiação
 (Bahia, 1954, 8 min.), de Alexandre Robatto
Os filmes que eu não fiz (Bahia, 2013, 26 min.), de Petrus Pires, com a presença de equipe do filme
11h30 - Conferência Alexandre Robatto, o pioneiro do cinema baiano, com lançamento de box com filmes restaurados.
14h - Mostra Competitiva – Programa 06
Pátio
 (Paraná, 2013,17 min.), de Aly Muritiba, com a presença do diretor
Filme para Poeta Cego (São Paulo, 2012, 26 min.), de Gustavo Vinagre, com a presença do diretor
Quem tem medo de Cris Negão?
 (São Paulo, 2012, 25 min.), de René Guerra, com a presença do diretor
Jessy
 (Bahia, 2013, 13min.), de Paula Lice, Rodrigo Luna e Ronei Jorge, com a presença dos diretores
Procurando Rita (Bahia, 2012, 07 min.), de Evandro Freitas, com a presença do diretor
16h30 -Sessão Especial - Première - Tão Longe é Aqui (São Paulo, 2012, 74min.), de Eliza Capai, com a presença do diretor
19h30 - Sessão Especial – Work in progress – Rabeca (Bahia, 2013, 71 min.), de Caetano Dias, com a presença do diretor
21h – Premiação da Mostra Competitiva Nacional
22h – Festa Independência Discotecagem

Dia 08 de setembro (domingo)
Cine Teatro Cachoeirano
14h - Mostra Recôncavo
Diálogos com o sagrado (Bahia,2012, 40 min.), de Ângela Figueiredo e Fabrício Jabar
Flor do Barro
 (Bahia, 2013, 8 min.), de Vonaldo Mota e Luciana Sacramento
Para se contar uma história
 (bahia, 2013, 28 min.), de Elen Linth, Diego Jesus e Leandro Rodrigues
Samba de Roda (Bahia, 2013, 7 min.), de Diego Jesus, Elen Linth, Leandro Rodrigues, Lucicleide Cruz (Neguinha), Jefferson Parreira e Robson Moreira
16h30  Premiados da Mostra Competitiva
Oficina WebDocumentário , com Diego de Jesus, Diogo Nunes e Laís Lima – Grupo de Estudos e Práticas do Documentário da UFRB – Dias 29, 30 e 31/08 na sala Mac2 no CAHL
Oficina de desenvolvimento de projeto de documentário com Aly Muritiba - Dias 5, 6 de setembro, das 13h às 18h e 7 de setembro das 9h às 13h.
Endereços:

Cine Teatro Cachoeirano 
Praça Teixeira de Freitas
Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL)
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Rua Maestro Irineu Sacramento, s/n, Centro
Cachoeira, Bahia, Brasil
VEJA AQUI:
http://www.cachoeiradoc.com.br/2013/