Teu cheiro amarfanho durante toda a cidade
e nos dentes postos sobre a mesa
como um escapulário tua lascívia eu pressinto.
Nem a lua nem teus olhos certamente me salvarão deste teu cheiro espesso.
Eu cresci nestas estranhas paragens sem estrelas entre bichos e flores
como se não fossem cobertos pela escuridão.
Apenas arfava um golpe entre o vazio de mim
e a captura de insetos do inferno em teus cabelos.
Em inquietude, me preparo para a dor.

Nelson Magalhães Filho


"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos

do mundo."
( Fernando Pessoa: Tabacaria)




Realizar trabalhos de arte a base das experiências existenciais, como transpor as imensidões dolorosas das noites urinadas. Fingir figuras concebidas do desejo e da amargura. Instigações obscurecidas pela lua. Não acretido na pintura agradável. Há algum tempo meu trabalho é como um lugar em que não se pode viver. Uma pintura inóspita e ao mesmo tempo infectada de frinchas para deixar passar as forças e os ratos. Cada vez mais ermo, vou minando a mesma terra carregada de rastros e indícios ásperos dentro de mim, para que as imagens sejam vislumbradas não apenas como um invólucro remoto de tristezas, mas também como excrementos de nosso tempo. Voltar a ser criança ou para um hospital psiquiátrico, tanto faz se meu estômago dói. Ainda não matem os porcos. A pintura precisa estar escarpada no ponto mais afastado desse curral sinistro.
Nelson Magalhães Filho

segunda-feira, dezembro 03, 2012

CADET BLUES é premiado com uma MENÇÃO HONROSA no I Cine Virada Cultural

VENCEDORES DOS PRÊMIOS DA CINE VIRADA CULTURAL:

Melhor Ficção: Entre Passos, de Elen Linth
Menção Honrosa: O Cadeado, de Leon Sampaio

Melhor Experimental: Como Num Passe de Claves, de Emerson Dias
Menção Honrosa: Rua dos Bobos, de Ohana Almeida

Melhor Documentário: Maria Vai Ca's Vaca, de Luara De

Menção Honrosa: Os Matinez, de Viotela Martinez

Prêmio ABCV: Como Num Passe de Claves, de Emerson Dias
Menções Honrosas:
Cadet Blues, de Nelson Magalhães Filho
Inesquecível, de Jefferson Parreira
Mareia, de Ludmila Machado e Evandro de Freitas

Melhor Filme - Juri Popular: Como Num Passe de Claves, de Emerson Dias

Agradecemos aos que participaram e parabéns aos ganhadores,
Grupo PET-Cinema

Juri:
Marcelo Ikeda (UFC)
Artur Lins (UFPB / Coletivo Filmes a Granel)
Ramon Coutinho (CUAL - Coletivo Urgente de Audiovisual)
ABCV: Carollini Assis

VEJA AQUI:
http://www.facebook.com/pages/PET-Cinema-UFRB/271851252932593

quinta-feira, novembro 29, 2012

CADET BLUES




Cadet Blues from Nelson Magalhães Filho on Vimeo.


Cadet Blues
Nelson Magalhães Filho |04'23"| EXP | 2012| Cruz das Almas - BA 

O filme acompanha uma mísera abstração, em que um homem torturado vagueia por passagens áridas sob um sol dilacerante, carregando em suas mãos rugosas um objeto de sua consternação repleto de ternuras abafadas, enquanto um blues incisivo vai destroçando sua própria aparição.
PRÊMIO
MENÇÃO HONROSA no XV Festival Nacional 5 Minutos – 2012
Salvador - BA

PET CINEMA REALIZARÁ O I ENCONTRO REDE DE DISTRIBUIÇÃO DO CINEMA UNIVERSITÁRIO DO NORDESTE








O Pet Cinema Realizará entre os dias 27 e 29 de novembro, no Convento do Carmo em Cachoeira três eventos
A começar com a mesa e grupos de trabalho da REDE NORDESTE DE CINEMA UNIVERSITÁRIO, que discutirá a produção e distribuição das obras audiovisuais dentro do circuito regional e nacional, contando com nomes importantes dentro do cenário e circuito de cinema universitário do Nordeste e do Brasil.
Teremos também O CINE VIRADA CULTURAL, O primeiro festival de cinema interno da UFRB, que consiste na mostra e premiação de obras produzidas dentro do curso de cinema, contando com um júri especializado e três categorias, Documentário, Ficção e Experimental, além de uma mostra paralela de videoclipes e voto popular.
Por fim, teremos o lançamento do segundo número da REVISTA +CINEMAS, que discutirá o cinema universitário do Nordeste, e diversas matérias sobre a real situação dessa forma de cinema.
Além disso, teremos Shows musicais, debates e muito entretenimento.

Dolls Angels e Cadet Blues participam da Sessão Cine 
Virada Cultural Experimental

ASSISTA AQUI:http://vimeo.com/user8601015

MAIS AQUI: http://petcinemaufrb.wordpress.com/2012/11/23/pet-cinema-realizara-grande-evento/

terça-feira, novembro 20, 2012



Em sua última sessão de 2012, o Cineclube Mário Gusmão apresenta o filme Canção de Baal (Helena Ignez, 2008, 77min, ficção, cor, SP). Excepcionalmente na terça, 20/11, 19h30, Auditório Hansen Bahia. Sessão especial de lançamento dossiê n.4 revista eletrônica CineCachoeira.
Agora com uma edição especial sobre a mulher no cinema brasileiro. Artigos de Ismail Xavier, Ana Pessoa, Paula Alves, Juliana Barreto Farias, Angelita Bogado, Alexandre Figuerôa, Paulo Carneiro da Cunha Filho, dentre outros, e uma justa homenagem a atriz e diretora Helena Ignez.
VEJA AQUI: http://www.ufrb.edu.br/cinema/category/revista-cinecachoeira/

sexta-feira, novembro 16, 2012

Pola Ribeiro e NMF nas "Leituras Críticas da produção audiovisual do curso de Cinema e Audiovisual" -  CAHL - UFRB

segunda-feira, novembro 12, 2012

quarta-feira, outubro 24, 2012


MATTY BROWN e Nelson Magalhães Filho no Festival 5 Minutos



Matty Brown se autodenomina um “contador de histórias” através das imagens. Cineasta freelancer, sua principal característica é a capacidade de retratar a vida em seus aspectos mundanos e incríveis. Brown faz filmes desde 1989, quando, segundo ele mesmo, a ocorrência de um terremoto em São Francisco o inspirou a “pensar de maneira diferente e mais criativa sobre o universo”. Apesar de trabalhar profissionalmente com vídeo apenas há um ano, suas obras já conquistaram grande sucesso na internet, muitos elogios da mídia e têm sido usadas em universidades de vários países.

VEJA MAIS: http://www.dimas.ba.gov.br/5min2012/novo/prog_ab.htm
 SALA WALTER DA SILVEIRA - FESTIVAL NACIONAL 5 MINUTOS










segunda-feira, outubro 22, 2012

Momentos emocionantes do XV Festival Nacional 5 Minutos

Nelson Magalhães Filho de Cruz das Almas, Bahia, garante uma das Menções Honrosas da noite com “Cadet Blues- 


Fotos: Alex Romano

VEJA MAIS:

http://cabinecultural.com/2012/10/22/xv-festival-nacional-5-minutos-vencedores/
http://www.dimas.ba.gov.br/5min2012/novo/premiados.htm
https://www.facebook.com/Festivalnacional5minutos




domingo, outubro 21, 2012

Premiados do XV Festival Nacional 5 Minutos
Menção Honrosa : "Cadet Blues" de Nelson Magalhães Filho


http://www.dimas.ba.gov.br/5min2012/novo/premiados.htm

https://www.facebook.com/Festivalnacional5minutos

sábado, outubro 06, 2012

CADET BLUES - Quarta-feira dia 17 às 20h



Mostra Competitiva
PROGRAMA 2 – 53min 

17.10 (qua) | 20h |
 Sala Walter da Silveira e Espaços Culturais da SecultBA*

18.10 (qui) | 16h | Sala Walter da Silveira (Reprise)
Cadet Blues
Nelson Magalhães Filho |04'23"| EXP | 2012| Cruz das Almas - BA 
anjosbaldios@gmail.com


O filme acompanha uma mísera abstração em que um homem torturado vagueia por passagens áridas, sob um sol dilacerante, carregando em suas mãos rugosas um objeto de sua consternação, repleto de ternuras abafadas, enquanto um blues incisivo vai destroçando sua própria aparição.

sexta-feira, outubro 05, 2012

Olaf Stüber: Oficina de Videoarte 



Videoarte  com Olaf Stüber
* Parceria com o Goethe Institut/ICBA
17 a 19/10 (qua, qui e sex) - Goethe-Institut /ICBA
09h às 12h - 14h às 18h
20 vagas
* Esta oficina terá tradução consecutiva

Carga horária: 21h
Público-alvo: 
Pessoas com experiência no mercado de artes visuais, vídeográfico ou cinematográfico, e estudantes de artes plásticas, cinema e comunicação.

Esta oficina tem como objetivo fazer uma breve introdução da história da vídeo-arte alemã, conciliando as exposições com debates sobre o gênero no mercado da arte e considerações sobre questões expográficas. Será trabalhado, ainda, o tema das abordagens documentárias do auto-retrato ou da auto-apresentação na arte contemporânea. O curso será marcado pela produção e análise de vídeos, além de discussões.
Ministrante:
Olaf Stüber (Berlim, ALE) há mais de 20 anos trabalha como galerista, curador e colecionador de arte. Em dez anos à frente de sua própria galeria, realizou 73 exposições com mais de 200 artistas, desde cedo com ênfase nas imagens em movimento (vídeo e filme). Os artistas por ele representados têm integrado exposições coletivas e individuais em renomadas instituições nacionais e internacionais, a exemplo do Museu Ludwig, em Colônia, da Kunsthalle, em Hamburgo, do Dallas Contemporary, do Museu Hirshhorn, em Washington, e do MOCCA, em Toronto, entre outros. Desde 2009, Olaf Stüber realiza, junto com seu amigo, o colecionador Ivo Wessel, a mostra“VideoartatMidnight”. Mensalmente, os dois entusiastas apresentam, à meia-noite de sexta-feira, exemplos de vídeoarte no cinema lendário “Babylon”, situado no Centro de Berlim. 

SELECIONADOS:
Aida Vitória Farias Virgens
André Oliveira Pimenta
Angélica Santos Behrmann
Caó Cruz Alves
Cláudia Maria de Moura Pôssa
Chantal Gisèle Michèle Durpoix
Fabiano Gusmão de Santana
Francisco Alves dos Santos Junior
Jacson Costa Soares
Jacson do Espírito Santo
Jean Henrique de Jesus Chagas
Joelma Felix Brandão
José Otávio M. Badaró Santos
Lucas Gonçalves Dantas
Luiz Alberto Gonçalves dos Santos Paixão
Péricles Mendes da Silva
Rosa Bunchaft
Nelson Magalhães Filho
Nelson Luis Teixeira Cerino
Vladimir Santos Oliveira
SUPLENTE:
Ihago Allech Oliveira Viana


VEJA AQUI: http://www.dimas.ba.gov.br/5min2012/novo/oficinas.htm

terça-feira, setembro 18, 2012

"Cadet Blues" de Nelson Magalhães Filho na Mostra Competitiva XV Festival Nacional 5 Minutos



Esta é sua primeira participação no Festival Nacional 5 Minutos? Se não, de quais você participou? 
Já participei diversas vezes desde 2004 na Mostra Vídeos Baianos Inscritos, Vídeos não Selecionados e do Panorama Nacional. Da Mostra Competitiva é a primeira vez. Tenho feito alguns vídeos experimentais e videoarte. E agora em “Cadet Blues” fiz praticamente tudo sozinho: roteiro, direção de arte, fotografia, trilha sonora, produção e direção. Editei tudo em meu notebook. Procuro fazer uma reflexão crítica sobre a violência, a vida densa, a morte, o caos rural e urbano, o pertencimento a um espaço, poesia e memórias da infância. Meu processo de trabalho é uma experimentação sempre em andamento. Espero que todos vejam o vídeo. Acredito que seja um filme que provoca sensações diversas no espectador. Com a crescente brutalidade desse lugar que não é destino, onde as pessoas são marginalizadas e estão extremamente sensíveis ao tempo que sempre parece se retrair, tudo parece escapar de nosso corpo e de nossa mente (desintegração psíquica). As pessoas carregam um sentimento estranho de não caber em parte alguma com suas reminiscências lânguidas.


Ideia foi:
Minha abordagem e preocupações temáticas vêm do assombro da overdose das drogas, das epidemias, das catástrofes, no desvanecimento deste nosso tempo que corrói nossa identidade em ruínas. Essas imagens são freqüentemente focadas em uma conexão física e espiritual com os resíduos humanos, um mundo cheio de enigmas e ásperas recordações. O filme acompanha uma mísera abstração, onde um homem torturado vagueia por passagens áridas sob um sol dilacerante, carregando em suas mãos rugosas um objeto de sua consternação, repleto de ternuras abafadas, enquanto um blues incisivo vai destroçando sua própria aparição. Como bem diz o artista visual chinês Yang Fudong (n.1971) “A violência e a morte são os lugares onde a vida começa”.


O Festival Nacional 5 Minutos e você...
Para mim, só a participação já é uma premiação. É uma honra estar no meio de vários artistas maravilhosos.
Quase não acreditei quando vi o resultado da seleção. Fiquei muito feliz em poder participar de um Festival Nacional tão importante quanto o 5 Minutos.


Festival Nacional 5 Minutos: conheça, participe, divulgue: curta!!

NO ÚLTIMO SÁBADO  TEVE METAL CASTLE NA
CASA DA CULTURA GALENO D’AVELÍRIO (Cruz das Almas – BA)
Bandas : Heretic Execution, Paradoxo do Sacro, Bloodseeker, Desidium e Lost in Hell



 Luciano Fraga e Nelson Magalhães Filho estavam lá









VEJA MAIS AQUI: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.189449111189407.47569.100003729572790&type=3&l=da5dd1128f

terça-feira, setembro 11, 2012

quinta-feira, agosto 30, 2012

Exhibition
Toxic Beauty: The Art of Frank Moore

September 6 - December 8, 2012
New York University’s Grey Art Gallery and Fales Library
100 Washington Square East and 70 Washington Square South, 3rd Floor

This exhibition surveys the career of a remarkable artist whose life was cut short by AIDS. In figurative paintings filled with fantastic and symbolic imagery, Frank  Moore (1953–2002) addressed themes drawn from American visual culture, the state of the healthcare and farming industries, and his personal life. His paintings often explore human effects on the natural environment in, as he noted, “sites of great, but toxic, beauty.” Major paintings, works on paper, sketchbooks, and films by the artist will be on view.


CLICA AQUI: http://www.thebody.com/visualaids/web_gallery/index.html

quinta-feira, agosto 02, 2012

Salões de Artes Visuais da Bahia (Irecê)






quinta-feira, julho 26, 2012

Nesta sexta dia 27 estarei em Irecê apresentando meu novo vídeo: CADET BLUES

segunda-feira, julho 23, 2012

domingo, julho 22, 2012

fim de semana no BAR DA GAL

NMF, Zinaldo e Ian

 a cerveja está sempre gelada

segunda-feira, junho 11, 2012

quarta-feira, junho 06, 2012



ALICE por anjobaldio


Companhia dos Anjos Baldios
apresenta:

ALICE
Um vídeo de Nelson Magalhães Filho
Numa noite avermelhada por estranhas paixões, um homem politicamente incorreto, cínico, amoral e transtornado liga para ALICE de um telefone público, dizendo que está sendo perseguido por pessoas bizarras, enquanto ele se dirige para o mar.
Com Pablo Sales.
Edição: Nelson Magalhães Filho e Valdique Medina.
Roteiro, fotografia e direção: Nelson Magalhães Filho
Música: Zé de Rocha e Zinaldo Velame.
Iluminação: Luciano Fraga
Baseado no conto de Pablo Sales.
Captura: mini DV
Duração: 12: 22
Cruz das Almas - BA - 2006

Participou da XXXIV JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA (2007) - Nova Produção Baiana
 Salões Regionais de Artes Visuais da Bahia 2011


DOLLS ANGELS - Nelson Magalhães Filho


CLICA AQUI: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=MPjl5JlG3qA

VEJA TODOS OS PREMIADOS:
http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/saloes2011/

segunda-feira, junho 04, 2012

quinta-feira, maio 03, 2012

BOGOTÁ. TEATRO METRO, JUEVES 10 DE MAYO. 8:30 PM
CONCIERTO EXPERIMENTAL LA FIESTA VOL. 9 BY EFRAIM MEDINA & 7 TORPES BAND

Los espero con mis libros, mi música e imágenes. Una celebración del arte y la amistad y una severa tonga para bailar hasta que el cuerpo aguante.
La entrada es libre, habrá un cover de 20 mil pesos totalmente consumible en bebidas, comida o libros. 

AUTORRETRATO
Me llamo Efraim Medina y mido 1.87, peso 83 kilos. Nací en Ciudad Inmóvil (Cartagena de Indias) y vivo entre Colombia y el resto del mundo. En la adolescencia realicé 14 combates como púgil amateur sin conocer la víctoria (es mi único record perfecto). A final de los ochenta tuve una impresionante racha de novias gordas. Escribo libros de toda índole, he publicado algunos: Érase una vez el amor pero tuve que matarlo, Técnicas de masturbación entre Batman y Robin, Sexualidad de la Pantera Rosa (novelas). Cinema árbol, Sarah y las ballenas (relatos). Chupa nena pero despacio, Pistoleros/Putas y Dementes (poemas). Tengo una banda llamada 7 Torpes, nuestro primer álbum Canciones mediocres vendió 9 copias y el segundo Canciones aún más mediocres no pudo superarlo. Ahora estamos por lanzar el álbum La forma del vacío. He escrito y dirigido teatro y cine, entre mis películas podría destacar Tres horas mirando un chimpancé y Eso no me infla la banana. En 1995 y 1997 gané el Premio Nacional de Literatura, antes ya había ganado una veintena de otros asquerosos premios en todos los géneros literarios. Escribo para la revista italiana Internazionale y la colombiana Soho. He sido jurado del Festival Internacional de Cine de Venezia y del Festival Internacional de Cine de Cartagena. Soy codirector del Carnaval Internacional de las Artes que se realiza cada año en Barranquilla (Colombia). Dirijo la multinacional Fracaso Ltda. Escribí, dirijo e interpreto el concierto experimental Body&Soul. Mi nueva novela se llama Lo que todavía no sabes del pez hielo.

terça-feira, maio 01, 2012

quinta-feira, abril 26, 2012

segunda-feira, abril 23, 2012

terça-feira, abril 17, 2012

segunda-feira, abril 16, 2012

SALÕES REGIONAIS DE ARTES VISUAIS DA BAHIA 2011 NO SITE DA FUNCEB

dolls angels: vídeo de Nelson Magalhães Filho


CLICA AQUI:
http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/saloes2011/

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=MPjl5JlG3qA


Con amistad y cariño comparto la portada y dos fragmentos de mi nueva novela: "Lo que todavía no sabes del pez hielo" que la Editorial Planeta (en su sello Seix Barral) está por publicar. Haré la presentación en la Feria Internacional del Libro de Bogotá el próximo  29 de abril, a las 5:00 pm en el salón Porfirio Barba Jacob. Un fuerte abrazo,

Efraim


Fragmentos de "Lo que todavía no sabes del pez hielo"

Página 270

En la franja más profunda del mar Tirreno habita el pez hielo, la oscuridad allí es más densa que en un agujero negro y aunque el pez hielo es transparente no tiene conciencia de serlo. El pez hielo no tiene pensamientos ni deseos, no conoce a ningún otro pez de su especie, no quiere ir a otra parte porque no sabe que existe esa posibilidad. Se desplaza, devora trozos de cristal y se complace en su absoluto. Es el pez que soñó Corolla y quizá Deleuze antes de saltar. No confronta, no es un rival, no es la publicidad de un perfume. Es el archienemigo de cualquier referente, el héroe de un mundo sin bordes. Y como sucede siempre, un día cualquiera, a ese paraíso del silencio llega un cadáver. No, aún no es un cadáver, es un papiliochromis. No viene del océano sino de una pecera, era la mascota de alguien, lo dieron por muerto, lo tiraron al retrete, bajaron la palanca y recorrió mil kilómetros por un tubo hasta el hogar del pez hielo. Esa es la densa oscuridad que lo rodea, la mierda de todos los culos que habitan en Ciudad Inmóvil. En su agonía, elpapiliochromis le habla al pez hielo de luminosos atardeceres frente al mar, de ciudades, luces multicolores, alimento concentrado, documentales de Jacques Cousteau y todo aquello que veía en el televisor de su dueña. Una vez que lo ha contaminado de inquietud, expira, y como es apenas obvio el pez hielo empieza a soñar con la luz.


Páginas 120-121

De niño capturaba salamanquejas, las metía en un frasco, las alimentaba con insectos y al cabo de dos o tres días las liberaba. A algunas les ponía nombres y recuerdo en particular a Marlene. Medía catorce centímetros y tenía una mancha negra en la cabeza, no quiso comer ni estuvo un segundo tranquila dentro del frasco y esto me hizo odiarla. Como castigo le corté la cola (no lo había hecho con ninguna de mis anteriores huéspedes) que estuvo saltando en el vacío más de quince minutos y cuando se quedó quieta la metí en el frasco con Marlene. El castigo la enfureció e intentó morderme, perdí el control y con la punta de un lápiz le atravesé la cabeza y seguí agujereándola hasta que no salió una gota más de su sucia sangre. Estaba furioso y hubiera querido hacerle más daño y luego la rabia se fue diluyendo y empezó un dolor. No, al inicio no era un dolor, era una sensación de fastidio enquistada en mitad del pecho que si respiraba profundo se parecía a un dolor. No conocía esa sensación y pensé que pasaría como sucede con el hipo y no pasó, permaneció  allí y todavía cuando respiro profundo puedo sentirla. El cadáver de la salamanqueja se fue resecando en el frasco y los insectos que debían ser su alimento terminaron devorándola. Una noche, siendo ya adolescente, le escribí un poema. Había escuchado a un cantante heroinómano decir en una entrevista que los poemas podían curar los sortilegios del mal y le creí (después ese cantante terminó suicidándose y supuse que los poemas fallaron). Ese poema y otros que escribí en el mismo período terminé destruyéndolos a causa de la depresión, lo que recuerdo es que hablaba de lo mal que una criatura grande y fuerte puede llegar a sentirse cuando lastima a una pequeña y frágil y de cómo el golpe regresa a quien lo asesta. Dañar es un oficio/ un destino cifrado/ una orden milenaria de dioses sin corazón… No puedo recordarlo con exactitud, sé que imaginé a mi padre como un ogro con mis ojos y a madre como una salamanqueja de rostro alargado. La noche que lo escribí había ingerido varias dosis seguidas del tranquilizante que me había recetado Jacobi y tuvieron que llevarme de emergencia al hospital, incluso llegaron a pensar que era un intento de suicidio. Habría sido cómico terminar como aquel cantante. Dañar te excita, te lleva alto, te aguza los sentidos/ y luego te regresa más atrás del punto de partida/ Hice daño a Marlene y ella me partió el alma en dos/ Era un niño inocente/ un dulce criminal/ me libré de la silla eléctrica/ de la vida aún no. O algo así, un mal poema, pretencioso como todos los poemas. El poema falló, quizá porque cuando se escribe un poema se pretende decir algo más importante que la razón de escribirlo. No se puede escribir con humildad ni dañar a alguien y salir bien librado. Enterré los restos de Marlene en el fondo del patio junto al lápiz, ahora el lápiz tiene un efecto simbólico, en aquel momento pensaba sólo en no dejar evidencias del crimen. 

Efraim Medina Reyes
Efraim Medina Reyes (Cartagena 1967). Autor, entre otros libros, de Érase una vez el amor pero tuve que matarlo y Técnicas de masturbación entre Batman y Robin. Su página en facebook es:https://mail.google.com/mail/images/cleardot.gif
http://www.facebook.com/pages/Efraim-Medina-Pagina-Oficial/115903968452946



CONCIERTO EXPERIMENTAL LA FIESTA VOL.9 BY EFRAIM MEDINA 
Música, textos e imágenes (se bebe, se come y se baila)
Una severa e inolvidable tonga para gozar hasta que el cuerpo aguante.

Producción: Carito Art Gonz
Dirección incidental: Mónica Cifuentes Toro
Escrito y dirigido por Efraim Medina

Teatro Metro. Bogotá (Cl. 34 # 13 – 28). Jueves 10 de mayo. 8:30 pm.


Artistas invitados: Daniel Linero (saxo y clarinete), Dal Lora (guitarrista), DJ Julio Montes, Juan Esteban (baterista), The Master (artista visual), DJ Tre Golpe, VJ, Andrea J, 7 Torpes Band...

¿En qué consiste el concierto experimental?
Músicos y DJs acompañan mi interpretación de textos y songs. Las VJs crean una atmósfera e integran al público a través de la mezcla de imágenes oníricas y del vivo. En el escenario soy un bluesman que atiza la fiesta y el deleite de los sentidos. Escuchar, decir y bailar a punta de blues, rock, soul, ritmos antillanos y ancestrales. Ahí na má, baby...

¿Cómo entrar al evento?
La entrada es gratis. Tendremos un cover de $20.000  totalmente consumible en bebidas y/o comida (habrá bebidas con y sin alcohol)

Durante el concierto se podrán adquirir mis libros: Lo que todavía no sabes del pez hieloÉrase una vez el amor pero tuve que matarloBluesman (songs & stories)Técnicas de masturbación entre Batman y RobinPistoleros/Putas y Dementes (Greatest hits)Sexualidad de la Pantera Rosa yCinema árbol.

Nota: No es obligatorio reservar. Le sugerimos clicar abajo y agregarse al evento.