MAIS UMA HISTÓRIA DE AMOR
Companhia dos Anjos Baldios apresenta
Um vídeo de Nelson Magalhães Filho
Elenco: Graça Sena e Carlos Passos
Duração: 5 min
Ano de realização: 2008
Captura: miniDV
Sinopse: Um escritor decadente é abandonado por uma mulher depois de 7 anos de convivência.
Música: Zé de Rocha
Roteiro: Pablo Sales e Nelson Magalhães Filho
Fotografado, editado, dirigido e produzido por Nelson Magalhães Filho
Teu cheiro amarfanho durante toda a cidade
e nos dentes postos sobre a mesa
como um escapulário tua lascívia eu pressinto.
Nem a lua nem teus olhos certamente me salvarão deste teu cheiro espesso.
Eu cresci nestas estranhas paragens sem estrelas entre bichos e flores
como se não fossem cobertos pela escuridão.
Apenas arfava um golpe entre o vazio de mim
e a captura de insetos do inferno em teus cabelos.
Em inquietude, me preparo para a dor.
Nelson Magalhães Filho
e nos dentes postos sobre a mesa
como um escapulário tua lascívia eu pressinto.
Nem a lua nem teus olhos certamente me salvarão deste teu cheiro espesso.
Eu cresci nestas estranhas paragens sem estrelas entre bichos e flores
como se não fossem cobertos pela escuridão.
Apenas arfava um golpe entre o vazio de mim
e a captura de insetos do inferno em teus cabelos.
Em inquietude, me preparo para a dor.
Nelson Magalhães Filho

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos
do mundo."
( Fernando Pessoa: Tabacaria)
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos
do mundo."
( Fernando Pessoa: Tabacaria)
Realizar trabalhos de arte a base das experiências existenciais, como transpor as imensidões dolorosas das noites urinadas. Fingir figuras concebidas do desejo e da amargura. Instigações obscurecidas pela lua. Não acretido na pintura agradável. Há algum tempo meu trabalho é como um lugar em que não se pode viver. Uma pintura inóspita e ao mesmo tempo infectada de frinchas para deixar passar as forças e os ratos. Cada vez mais ermo, vou minando a mesma terra carregada de rastros e indícios ásperos dentro de mim, para que as imagens sejam vislumbradas não apenas como um invólucro remoto de tristezas, mas também como excrementos de nosso tempo. Voltar a ser criança ou para um hospital psiquiátrico, tanto faz se meu estômago dói. Ainda não matem os porcos. A pintura precisa estar escarpada no ponto mais afastado desse curral sinistro.
Nelson Magalhães Filho
Nelson Magalhães Filho
sexta-feira, janeiro 16, 2009
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13 comentários:
gostei muito.
bjosss...
Eu sempre admirando seu trabalho.
beijos ternos
Mais um vídeo porreta, Magalhães! Carlinhos e Graça estão inspirados e passam bem a mensagem do texto. Zé como sempre criando bons temas. Abraço.
Obrigada! feliz ano para vocé também, e desculpa meu brasileiro, é pessimo, hahahaha
Umha aperta!
Amigo, demoro...mas volta e meia venho aqui e leio muito e saio tonto, porque como um professor meu me disse um dia, "conhecimento bom vem entra na gente e dói que nos deixa tonto"...é assim que me sinto: renovado! Abraço, aparece no Platus.
Me parece que o fracasso no amor é marca do que chamam de "escritores decadentes" ...rs
abs
Acho que o fracasso no amor é marca entre os "escritores decadentes",rs.
abs
Pesado...real...não sei o que dizer. Fica uma angústia. Bj
Muito bom; bela curta!
Abraço.
Cara estou sempre acompanhando suas incurssões cinematográficas!!!Mais um bom que tens feito...Um abarço
Georgio Rios
Fantástico!
Abraço.
anjo baldio:
cheguei aqui pela diversos afins.
deixo o meu abraço.
romério
buenas nf,
não entendo porque este video não foi selecionado pro festival.
talvez por ignorância do juri ou a gente mesmo que não saca nada dessas porras!
tem um meme pra você no on the rocks.
buenas!
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