"Tu, sábio e grande rei do abismo mais profundo,
Médico familiar dos males deste mundo..."
O PACIFICADOR
Ó conciliador da suspensa sensibilidade
nas profundas várzeas das sinistras flores
exaltadas por paixões e impossíveis luzes,
delírios, ornamentos
com iluminuras e vertigens...
Ó filho das imensas águas que nunca dormem
nem fazem sombras com as negras candeias,
o estranho canto dos passarinhos
no almíscar atordoados
floresce buquês no vaziar da vênera noite
entre cerejeiras, veneno e jasmins
tão vastos como o mal.
Ó conciliador da suspensa sensibilidade
tu és o cisne se dormindo com flores nos cabelos
que dança a mente no veio da felicidade,
na vênus entre o mormaço do mar
ressaltando das ondas o cavado amor
neste verdejado ventanejar que calmo perpassa
onde o arvoredo reluziu.
Nelson Magalhães Filho, em As Luminárias, 1982
27 de Novembro: lançamento de novo Livro MIL, de Ana Sofia Lopes, no Grémio
Literário...
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Há 4 dias
7 comentários:
Olá, Nelson!
Feliz estou por encontar mais afins nesse vasto universo virtual. Palavras precisas, afiadamente dispostas a percorrer signos de alma. Andarei por aqui agora!
Obrigado pela sua visita ao Baratos Afins! Lita Passos é realmente uma querida!
Forte abraço e vamos trocar idéias!!
Chico Vermelho,após sacar a arma para o rival disse:"eu teria o maior prazer em só escrever para os mortos..."
Neuzamaria Kerner disse...
Anjo Baldio - Terreno Baldio, mas não abandonado! Espaço fértil onde nascem flores de esperança a nos sinalizar que o mundo ainda tem jeito por causa da arte salvadora.
Parabéns pelo seu trabalho!
Obrigada por visitar o nosso site www.baratos-afins.blogspot.com
Sempre bem-vindo!
15 Abril, 2007 11:46
Sempre achei o olhar do Baudelaire nessa foto entre aterrorizante e sofrido. Belo poema, bela homenagem. Meu email é ssornellas@gmail.com
Abraço
Nelson, que belaza este poema! Lembro-me até da música que Beto Rebelde fez sobre ele. Abraço!
que viagem boa pelo versos do meu poeta feliz-infeliz.
eu te amo caro poeta
entre a cereja e o veneno eu fico com as duas na noite que os demonios fugiram pro céu.
esse poema eu já conhecia, muito bonito e com uma crua poetica
acre-doce, veneno nos lábios do amor e beijos entranhando carne, nunca mais virgem.
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