LETRAS SOBRE A CARNE
Tua voz dissipada entre taças de rumores
em que dizer é precisamente ocultar.
Banquete de deuses no espelho de teu corpo.
Música de pedras, olhos do obscuro,
as sombras que iluminam tua ausência.
Vens às palavras,
jaulas de cristal da noite que te recria.
O que dominas o fogo rapta:
o silêncio, a posse de teus bens, as carnes
de uma escritura que se desmancha no ar.
Máscaras de um feitiço interrompido,
lacre violado de tua lição do oculto.
Uma sílaba nos persegue até a morte.
Lâminas de gestos, um movimento, o poema
se retrai. Não sobrará nada de ti
para a revelação do amor.
Floriano Martins
em que dizer é precisamente ocultar.
Banquete de deuses no espelho de teu corpo.
Música de pedras, olhos do obscuro,
as sombras que iluminam tua ausência.
Vens às palavras,
jaulas de cristal da noite que te recria.
O que dominas o fogo rapta:
o silêncio, a posse de teus bens, as carnes
de uma escritura que se desmancha no ar.
Máscaras de um feitiço interrompido,
lacre violado de tua lição do oculto.
Uma sílaba nos persegue até a morte.
Lâminas de gestos, um movimento, o poema
se retrai. Não sobrará nada de ti
para a revelação do amor.
Floriano Martins
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