O incesto afogueia-me
quando crua afundas
no desejo. Retorces em mim
sabor incerto.
Estou girassol com náusea,
provo de meu rosto
oceanos
migalhas.
Nossas unhas arrancadas por monstros
por pastores
nas entranhas do bosque.
Carrega-te o impreciso sinal da morte!
Rezo tragando flores
num vômito de sêmen,
empurro com a brutalidade das cicatrizes
as negras portas do céu em vísceras
não me deixes, não me deixes...
Nelson Magalhães Filho
16-18 de Julho, na Academia Brasileira de Filosofia (Rio de Janeiro): "XV
Colóquio Antero de Quental de Filosofia Luso-Brasileira: Leônidas Hegenberg
e a Filosofia da Ciência/ Epistemologia no espaço luso-brasileiro"
-
*Caso pretenda participar neste Colóquio, deve enviar-nos uma proposta de
Comunicação, até final de Abril, com título, resumo e breve nota de
apresent...
Há 4 dias
3 comentários:
Poesia forte com uma imagem potente.
Explosivo!
Um abraço.
Valeu Ruela, grande abraço.
Novamente, encontro o belo aqui
"Rezo tragando flores
num vômito de sêmen,
empurro com a brutalidade das cicatrizes
as negras portas do céu em vísceras"
parabéns!
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